16.5.06
A indústria do disco contra o consumidor
Desde que a gravação e reprodução de som digital se vulgarizou e os lucros das grandes editoras discográficas mundiais começaram a descer dos picos astrais a que haviam subido durante as décadas de 1960 a 1980, instalou-se a paranóia. Primeiro, possivelmente entre os accionistas. Depois, numa vertigem espiralada, desceu-se ainda mais fundo com as ameaças de processos judiciais e a perseguição às redes peer to peer. Até se chegar à guerra aberta contra os consumidores, transformados no inimigo a abater.
No ano passado, a Sony/BMG, a pretexto de impedir as cópias não autorizadas de música, instalou nos CDs que distribui um programa que, não fazendo apenas isso, também transforma os computadores dos incautos numa desprotegida arena, aberta a toda a sorte de infecções e parasitas logiciais. Tal comportamento, que a editora alega agora ter sido «fortuito», é manifestamente ilegal, como de resto ficou claramente provado, apesar das previsíveis manobras para impedir que tal processo chegasse a tribunal nos EUA.
Esta história foi agora tema de um excelente e detalhado artigo de Wade Roush na Technology Review, cuja publicação, em 3 partes, só estará completa na próxima quinta-feira, sempre neste sítio.
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