7.7.06

A viúva de Mozart, e outras histórias



Constanze Weber Mozart era (é?) aquela senhora de touca branca, que está ali do lado esquerdo e, na sua edição de hoje o The Guardian conta como esta inacreditável fotografia, feita em 1840, pode agora ser recuperada - através de uma cópia, uma vez que o daguerreótipo original já se terá desfeito há muito.

Na incontornável secção de Artes do The Guardian, uma outra história de flagrante importância: Robert Thicknesse conseguiu finalmente reconstituir um coro grego , nos seus aspectos cénicos, musicais e prosódicos. O resultado será emitido pela Radio 4 na próxima terça, dia 11.

Em Liverpool, que se prepara para ser Capital Europeia da Cultura em 2008, demitiu-se o director artístico do projecto.

Em Nova Iorque, onde continua em exibição no Museu de Arte Moderna, até 11 de Setembro, a exposição dedicada ao movimento Dada, a galeria Francis M. Naumann Fine Art decidiu promover, em complemento, mas só até 28 de Julho, uma outra exposição sobre as vidas e obras das mulheres Dada que habitaram aquela cidade na primeira metade do século XX: Beatrice Wood, Clara Tice, Florine Stettheimer, Mina Loy, Katherine S. Dreier, e a escandalosa Baronesa Elsa von Freytag-Loringhoven. O New York Times fala da exposição e traça um breve perfil destas protagonistas (quase) desconhecidas.

Numa outra página, também fala do que está a acontecer na Feira de Arte de Basileia.

6.7.06

Danças Ocultas em ensaio (video 09.02.2003)

Imagens recolhidas durante o trabalho de campo para a preparação de Alento (ed. Assírio e Alvim, 2003). Às 00h10, na Casa do Rio, em Águeda, numa noite de muito frio e pouca luz. Duarte Belo chegaria na manhã seguinte para uma sessão fotográfica com os músicos dos Danças Ocultas: da esquerda para a direita, Artur Fernandes, Filipe Ricardo, Filipe Cal e Francisco Miguel Silva.

4.7.06

Inteligência eléctrica - 2



Na foto, o T-Zero, protótipo californiano de veículo eléctrico que pode competir com Corvettes e Ferraris: tem 200 cavalos de potência e demora menos de 4 segundos a chegar dos 0 aos 100 kms/h.

A notícia vem na Forbes, mas não é um exclusivo. Na costa leste dos EUA está ao rubro a corrida entre construtores independentes para conseguirem fabricar automóveis que sejam simultaneamente potentes e não-poluentes, e que tenham um preço devidamente concorrencial.

Entre os financiadores de um outro projecto - o da Tesla Motors - contam-se os fundadores do Google, segundo conta a Technology Review.

Ver também: Inteligência eléctrica, Inteligência eléctrica - o antídoto.

Mundos virtuais - 1






Algo de estranho aconteceu durante este fim de semana a muitas centenas de subscritores da mailing-list da Ananana - uma muita especializada loja de discos lisboeta - e, aparentemente, também a muitas centenas de não-subscritores: uma desconfiguração, ou um vírus, como muitos temeram, fez com que os endereços e as mensagens de muitos fossem parar às caixas de correio de muitos outros. O que, inevitavelmente, cresceu de forma exponencial com a multiplicação dos protestos e dos pedidos de remoção da lista.

Entre sábado e domingo houve portanto troca e partilha de choros, convulsões, insultos, ameaças e, felizmente, muito humor.

Houve respostas automáticas que foram automaticamente redistribuídas por toda esta comunidade improvisada e imprevista.

Houve reconhecimentos: também estás aqui? (E quem se admirasse por encontrar ali, a protestar, o Abel Barros Baptista)

Houve quem aproveitasse para disseminar poesia.

Houve quem aproveitasse para disseminar pornografia.

Houve quem registasse o evento num blog (antes de mim).

Houve quem pedisse para não ser removido da lista.

Houve até quem, do lado de lá do Atlântico, pasmasse com o que estava acontecendo:
Pessoal,
não estou entendendo nada do que está acontecendo.
primeiro um vírus louco. depois pessoas felizes e contentes a trocar e-mails.
quando vejo, tudo isso vem de Ananana.
bom. de qualquer forma estou grato por estar aqui. aprecio muito as resenhas. e, infelizmente, não tenho como estar fisicamente com vocês, pois estou na América Latina, Brasil. Mas continuem a falar que eu estou aqui a observar.
beijos grandes,
- João Mognon.


Houve quem propusesse uma informal jantarada no Bairro Alto, com factura a cargo da Ananana. Ou um flash meeting.

No fim da aventura - no fim do fim de semana - a Ananana resolveu o problema; mas por essa altura já eram muitas as vozes desta comunidade espontânea que reclamavam a criação de um forum. Permanente?

Godard: exposto







Quando, em 1900, Claude Monet mostrou ao seu amigo Edgar Degas a última novidade do seu domicílio - um telefone - este reagiu placidamente, dizendo: «Já percebi como funciona. Aquilo toca e você tem de se levantar».

Desde a semana passada, a frase está afixada numa parede do segundo piso do Centro Pompidou, em Paris, e integra uma das instalações que compõem a mostra «Voyages en utopie: Jean-Luc Godard 1946-2006», em curso até 14 de Agosto; a qual acompanha a exibição, no piso inferior, de uma retrospectiva integral do conhecido mestre - 140 filmes.

Uma notícia na The Economist faz alusão a desorientações criativas e dissensões corporativas que terão motivado uma profunda alteração dos planos originais para a exposição/instalação - cujo tema inicial seria uma «Arqueologia do Cinema», em provável circuito com o seu notável «Histoire(s) du cinéma» (1988-1998).

É porém no sítio do Centro Pompidou que se pode encontrar a programação, bem como informações mais detalhadas, e inevitáveis curiosidades: por exemplo, na Galeria Brancusi do mesmo centro está patente, até Setembro, uma exposição de James Turrell.