9.7.06

15 minutos com Manuel De Landa

Já tinha ouvido falar do mexicano/novaiorquino Manuel De Landa quando o vi em público pela primeira vez, em Maio de 2000, em Berlim, durante as conferências Monomedia - um encontro internacional em que se discutiram diversos desafios culturais suscitados pelos novos media, com participantes tão pertinentes como Michael Goldhaber (EUA), Bert Mulder (Hol), Richard Barbrook (GB) e o ultradiscreto, mas sempre inconfundível, Brian Eno.

De Landa, um reconhecido deleuziano, destacou-se pela ferocidade e magnetismo da sua intervenção, abandonando a cadeira, deambulando de um lado para o outro no palco enquanto procurava satisfazer o tópico em análise - a «Mudança de Valores».

Foi depois disso que comecei a lê-lo, pela ordem em que publicara os seus livros: War in the Age of Intelligent Machines (1991), A Thousand Years of Non-Linear History (1997), e Intensive Science and Virtual Philosophy (2002). Falta-me o tempo, e os meios, para aceder aos seus filmes experimentais dos anos 70.

Em 28 de Setembro de 2002, De Landa esteve presente num outro colóquio, intitulado «Sob Vigilância», que foi realizado na Biblioteca Municipal de Oeiras, creio que por iniciativa (ou influência) de António Saraiva-Bakali. Foi aí que recolhi estas imagens de um autor afinal mais sereno do que eu o imaginara, mas não menos significativo; e que se mostrou bastante afável, durante o posterior convívio social propiciado pelo evento.

Creio que algumas das observações que ele tece neste breve excerto - designadamente as que se referem à actual substituição do Direito pelo Código - ganham bastante com a leitura das obras de Lawrence Lessig . Como complemento ao video, sugiro ainda a leitura desta entrevista com Manuel De Landa, desta outra entrevista, ou deste breve perfil.


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